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RÁDIO BRILHANTINA sua rádio saudades: anos 60

Música Internacional: O que rolava na década de 60

A década de 1960 foi marcada pelos músicos que lançaram seus sucessos que são muito conhecidos até os dias de hoje.

O som dos anos 60

Nos anos 60 o rock deixou de ser o som dos jovens e começou a ocupar espaço nas paradas musicais de sucesso.

Músicas que embalaram paixões

O amor sempre foi poliglota, e as canções de amor também.

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Nos tempos da brilhantia: A eterna elegância dos penteados dos anos 60

As influências dos anos da brilhantina permanecem inabaláveis atualmente, quando o visual retrô vai e volta à moda.

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Anos 60, década da expressão, mudança, e liberdade dos jovens

 


Desde o final dos anos 50 vinha o Brasil lutando para se libertar do complexo de “país de segunda classe”; nossa cultura popular e musical, resultante de miscigenação das culturas européia, africana e indígena, carregava a síndrome de “vice” na maioria do povo: tínhamos sido vice-campeões no mundial de futebol de 1950 no Rio de Janeiro , Marta Rocha tinha sido vice-campeã no concurso Miss Universo de 1954 e fomos desclassificados no mundial de futebol de 1954 na Suíça.


A vitória do futebol, na Copa do Mundo de 1958 na Suécia, marcava o início do sentimento de “ressurreição” do povo brasileiro como país importante no contexto mundial; o início da indústria automobilística brasileira, os momentos de glória de Pelé e Garrincha, a inauguração de Brasília em 1960, cidade projetada pelos arquitetos Lúcio Costa e Oscar Niemayer ajudaram o governo do Presidente Juscelino com o “slogan 50 anos em 5” a tirar proveito político desses fatos, aumentando o sentimento patriótico da população.


 O sucesso da bossa nova com aceitação internacional, a conquista do bicampeonato mundial de futebol em 1962 no Chile, a conquista da Palma de Ouro em 1962 pelo filme brasileiro dirigido por Anselmo Duarte “O Pagador de Promessas” em Cannes, as vitórias de Maria Esther Bueno no tênis e outras conquistas de afirmação nacional fizeram da década de 60 um período de grande exacerbação de nacionalismo. Além disso também aumentou o grau de conscientização política dos problemas e carências do povo brasileiro acirrando as disputas ideológicas entre os vários segmentos da população. Após o desastre da administração do presidente Jânio Quadros e com a ascenção de Jango Goulart em 1961 aumentaram os conflitos sociais, resultando no golpe militar de 1964.

Musica


 A cultura musical brasileira acompanhou todas essas mudanças com a afirmação da bossa nova e o surgimento das músicas de cunho social apresentadas principalmente nos “Festivais de Música Brasileira”, principalmente os da TV Excelsior e TV Record; assim surgiram  composições sociais de Sérgio Ricardo, Gilberto Gil, Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso, Geraldo Vandré, Teo de Barros, Torquato Neto, Heraldo do Monte, Airto Moreira, Hilton Acioli e muitos outros.

Compositores não engajados nos movimentos sociais também passaram a compor músicas de fundo social em função da censura imposta pelos governos militares da época.

 A grande divulgação de cantores americanos de rock através do cinema e  gravadoras ajudou também o nascimento do rock brasileiro com ampla divulgação da mídia nos anos 60; um dos principais incentivadores foi o compositor e radialista Carlos Imperial que  fundou em 1958 o Clube do Rock, no Rio de Janeiro, onde se apresentavam e se reuniam os amantes do rock; nesse clube iniciaram suas carreiras Roberto Carlos e Erasmo Carlos.

A parcela de público que preferia músicas oriundas do rock passou a ter seu espaço musical com programas específicos na televisão cujo ápice foi o programa “Jovem Guarda” iniciado em 1965 com Roberto, Erasmo e Vanderléia permanecendo no ar pela TV Record durante vários anos.

 Sob influência da Jovem Guarda e dos Beatles nasceu em 1967 o Tropicalismo, movimento de vanguarda liderado por Caetano Veloso, Rogério Duprat, Gilberto Gil, Júlio Medaglia e outros; suas principais composições foram Tropicália, Domingo no Parque e Alegria, Alegria onde era incentivada a universalização da música brasileira inclusive com utilização de guitarras elétricas e absorção de vários gêneros musicais: pop-rock, música de vanguarda, frevo, samba, bolero, etc.

 Assim na década de 60 três novas grandes vertentes musicais podem ser identificadas : bossa nova, músicas sociais de festivais e rock da jovem guarda; evidentemente músicas com ritmos tradicionais como samba, samba canção, músicas de carnaval e músicas regionais continuaram a ter seu espaço mas com menos divulgação e menor sucesso que as três citadas.

Síntese do que aconteceu nos anos 60 em relação à música:


.Os Beatles comandam a invasão inglesa no rock, seguidos por Rolling Stones, The Who, Bee Gees e vários outros, impulsionados pelo novo estilo, o rock, criado por Elvis nos anos 50.

.Surge a música de protesto, com Bob Dylan, Joan Baez, Peter Paul and Mary, entre outros, já nos primeiros anos da década.
.O Rock and Roll ganha crescente popularidade no mundo, associando-se ao final da década à rebeldia política.
.Na música erudita, começa a se desenvolver o minimalismo, a partir das obras de Philip Glass.


.Em 1963 surge o Clube da Esquina, importante conjunto musical mineiro, com Milton Nascimento e os irmãos Borges.

.Em 1965 Elis Regina interpreta Arrastão, de Vinícius de Moraes e Edu Lobo, e com isso surge a MPB, ou Música Popular Brasileira, no Festival de Música Popular Brasileira da TV Record.

.Início da Jovem Guarda.

.Surge o Movimento da Tropicália , em 1967. Com Caetano Veloso e Gilberto Gil, além de Os mutantes, Tom Zé e Torquato Neto.

.Em 1967 a vanguardista banda Velvet Underground de Lou Reed e chefiada por Andy Warhol lança aquele que foi considerado um dos álbuns mais influentes de sempre The Velvet Underground & Nico

Em 1969 ocorre o Woodstock, marco do movimento Hippie, nos EUA.

Enfim, pode-se concluir que os anos 60 foram marcados por ser a década da expressão, da mudança, da liberdade, da revolta jovem em busca de mudanças na sociedade, principalmente através da música. A era em que “Amor e paz, sexo, drogas e rock n’ roll” era o lema de uma libertação em busca de expressão.

Os anos 60: A Revolta Juvenil

 De 1960 a 1969, em cada ano desta década, em cada um dos cinco continentes, em quase todos os 145 países de vários sistemas políticos, o mundo conheceu a rebelião dos jovens. Ao lado das guerras – e mais do que o sexo -, as manchetes dos jornais falaram da odisseia de 519 milhões de inconformados.

 Mutantes da nova “era oral e tribal em dimensões planetárias, produzida pelas comunicações de massa”, segundo Marshall McLuhan, os jovens entre quinze e 24 anos -  um sexto da população da Terra – são ao mesmo tempo mito e desmistificadores da sociedade. Consumindo e consumidos, contestando e contestados, Êles lutaram com tôdas as armas para destruir o velho e impôr o novo.

 Na expressão dura dos jovens “enragés” ou na mansidão dos hippies, que o Arcebispo James Pike, da Califórnia, comparou aos primeiros cristãos, os anos 60 foram de luta e recusa, pacífica ou violenta, mas sempre radical.



 A revolta juvenil não é uma particularidade desta década, mas agora ela deixou de ter simples motivações psicológicas (não mais uma “crise de adolescência”) para ganhar componentes sociológicos novos e se constituir em problema social. De um dia para o outro, “a nossa esperança do amanhã” resolveu fazer o presente. Como afirmaram, era preciso deixar de ser objeto para ser sujeito da História. De eterna ameaça romântica e simbólica eles passaram a ser destruidores radicais de tudo o que está estabelecido e consagrado: valôres e instituições, idéias e tabus. Com a pressa que lhes dá a sua provisória condição e com a coragem da idade, êles afrontaram a moral vigente e arrancaram as pedras das ruas para com elas pôr por terra as estruturas da sociedade: capitalista ou comunista, de opulência ou de miséria.

 Em todos êles um máximo denominador comum: não. Mas, descrentes de tudo o que herdaram, os jovens perderam até a confiança no não que lhes tinham ensinado a dizer e criaram uma nova semântica da negação – o sim ao não – e uma nova forma de dizê-lo: a ação. Um não que podia ter a aparência de cabelos compridos, roupa suja, música estridente, pés descalços e “blue jeans”, ou assumir a forma mais ameaçadora de uma pedra na mão e uma idéia revolucionária na cabeça.




No princípio da década, repetindo na vida o que alguns ídolos dos anos 50, como James Dean e Marlon Brando, faziam no cinema, os jovens explodiram numa onda de violência sem objeto e sem sentido. De repente, como que obedecendo a um comando único, essa onda de espraiou por vários países. “Blousons noirs” franceses, “playboys” e transviados brasileiros, “beats” e “hell angels” americanos, “teddy boys” inglêses. Várias qualificações para falar de uma mesma atitude agressiva e uma mesma disposição violenta. Uma violência que se manifestava gratuitamente contra pessoas, carros, vitrinas, ou no desafio do perigo inútil: duelos a faca e canivete, corridas vertiginosas pelas madrugadas. Apenas um valor pareciam cultivar: o respeito e admiração do grupo ou da “gang”. No prazer da velocidade, no ruído ensurdecedor da motocicleta, o vento batendo no rosto e a máquina obedecendo dócil ao comando, o jovem do início da década começava a se manifestar no mesmo ritmo alucinante do “rock-and-roll”.

 Suas caras selvagens assustaram, seus gestos surpreenderam. Podiam ser o primeiro problema jovem da década, como podiam ser também “impulsos naturais da juventude”. Outras épocas não tinham igualmente passado por isso?

 Ao espalhar-se ruidosamente pelos bares, quebrando tabus (fumando, bebendo e se beijando), a “geração perdida” do primeiro pós-guerra também escandalizara as famílias, quando Scott Fitzgerald lhes revelou “êsse lado do paraíso”. (“Môças ceando depois dos bailes, às 3 horas da madrugada, em lugares incríveis, conversando sôbre todos os assuntos com ar meio sério, meio zombeteiro...”)





O segundo pós-guerra também produzira a sua geração-problema, a existencialista que se alimentava da “náusea” de Sartre e do absurdo de Camus, mergulhando, suja e despenteada, nas caves de Saint-German-des-Prés para se embebedar de absinto e das canções de Juliette Gréco. Como essas duas gerações, os nossos transviados tinham assustado a sociedade. Um susto que intranqüilizava mais pelos efeitos do que pelas causas, embora alguns vissem pelas manifestações o prenúncio de qualquer coisa de mais grave. O Presidente Kennedy chegara a dizer: “Temos os meios de fazer da geração atual a mais feliz da humanidade na história do mundo – ou fazer dela a última”.


 Ensurdecidos pelo ruído de suas máquinas, nem todos perceberam que a juventude 60 não tinha apenas aquela cara rebelde que podia variar de contôrno mas não perdia a semelhança com as de outras épocas.



Fonte: Revista Veja

Uma moda dos anos 60: o anel brucutu

 Tipos de brucutu



Um dos acessórios mais famosos que fez parte do visual dos jovens dos anos 60 foi o icônico “anel brucutu”. Entretanto, a popularização desse anel trouxe um problema para os proprietários de fuscas.
Ah…e a história fica ainda mais legal por ter relação com a bossa-nova e o rei Roberto Carlos!
Confuso, né? Mas vamos à história (ou o que se sabe dela). 

O que se sabe, com certeza, é que a peça que compõe o anel era um revestimento do bico do lavador do para-brisa dos Fuscas da época. Os mecânicos, ao invés de brucutu chamavam essa peça de cabeça de peixe.

Segundo um vídeo feito pela EBC, várias pessoas dão o depoimento de que, a Jovem Guarda foi a grande fonte inspiradora para que a moda pegasse, até porque, na época, Roberto e o Erasmo Carlos lançaram uma música intitulada “Olha o Brucutu”.

A dinâmica para ter um anel desse era a de roubar o adereço cromado (e as vezes danificar o lavador do para-brisa do Fusca) e fazer os engates para compor a peça. E a “onda” acontecia, principalmente, após a escola e “só valia” se a peça fosse roubada.

Um exemplo clássico do brucutu


Obviamente que, pela moda e pela aventura de “furtar” essa pequena peça, muitos donos de fusca acabaram com seus veículos danificados à época. Danificados e sem a bonita peça brilhante que fazia parte da composição do veículo.

Chegou a existir um movimento da polícia para que, quem fosse visto com anel brucutu ou com ele no pescoço, como um colar, seria interrogado sobre a procedência do adereço. Mas, tanto pelo trabalho quanto pela ineficiência da técnica aplicada, o processo não durou muito.

Em um artigo da Tribuna do Paraná, o colunista deu um curioso ponto de vista sobre a moda que, claro, queria dividir com vocês:

“A moda (do Brucutu) não durou muito por vários motivos. O primeiro é chegou um momento em que não tinha mais Fusca com a peça cromada: todas foram furtadas e os donos não a repuseram pelo elementar motivo de que ela seria novamente furtada.



O segundo foi que alguns artesãos espertos percebendo um promissor nicho comercial, passaram a encomendar tal acessório às fábricas em São Paulo e começaram a fabricar os tais anéis. E a vendê-los a preços módicos em qualquer bazar.

Com isso, a componente rebeldia da onda jovem, que era o furto, ficou comprometida. Não fazia sentido danificar o carro de alguém, correndo o risco de ser flagrado e levar um puxão de orelha ou um tabefe, se podia comprar Brucutu com anel e tudo por uma mixaria.

(…)

E Brucutu voltou novamente a ser o nome de um personagem de história em quadrinhos, um sujeito meio nervoso, ingênuo, mas até bacana, que tinha uma namorada chamada Ooola e morava num lugar chamado Moo. Parodiando Roberto Carlos.”.

Vale uma menção honrosa de que, na época, havia um personagem de histórias em quadrinhos que também era chamado de Brucutu. Não sei se ele tem alguma relação com o anel apesar de, eu achar que não.

E aí, você teve o Brucutu?


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Com uma programação voltada para os anos 60/70 a Rádio Brilhantina, foi projetada e criada para ouvintes que viveram uma época de muito romântismo. Para acessar CLIQUE AQUI e confira nossa programação !

O uso da brilhantina dos anos 50 aos anos 70

 A brilhantina é um cosmético apresentado na forma de pomada utilizada para modelar o cabelo. Sua composição é de basicamente parafina líquida, vaselina, essência e óleo mineral.


Sua utilização se deu em larga escala até os anos 70, tendo o seu auge na década de 50, servindo de nome para o musical "Grease", que literalmente significa brilhantina em inglês, marcando definitivamente o visual da época.

Seu uso foi substituído por outros produtos, como gel fixador e mousse para cabelos. As principais reclamações contra a brilhantina eram o aspecto gorduroso que dava ao cabelo e o visual "engomado" ou "vaca lambeu", gíria esta muito utilizada no Brasil.

A brilhantina vem sendo reativada pelos fãs do rock'n'roll e cantores "rockabilies", que se vestem e se arrumam exatamente como os ídolos das décadas de 50 e 60, com seus cabelos brilhosos e com altos e impecáveis topetes.

Elvis Presley e a brilhantina


A história por trás do famoso penteado de Elvis Presley, um símbolo que imortalizou sua figura como rei do rock’n roll e tornou sua marca registrado

Apesar da popularidade do penteado tanto naquele tempo quanto na atualidade, o estilo de Elvis não era uma unanimidade. De acordo com Ely Damasceno, em sua obra Elvis Presley, o Mito, ele era muito criticado por suas costeletas longas e seu topete tão fortemente carregado com brilhantina que seu cabelo loiro parecia preto.

Em determinado momento de sua vida, as costeletas ficaram mais largas, o cabelo mais comprido e a brilhantina foi deixada de lado, compondo um estilo mais despojado.





Fonte:https: Informações//pt.wikipedia.org

Anos 60 - Cronologia Histórica

 Anos 60 - Cronologia Histórica


1960  

 

Em 27 de fevereiro, protestos da população negra dos EUA contra discriminação racial espalham-se pelo Sul do país e provocam conflitos e prisões em várias cidades

O filme "Ben Hur", com Charlston Heston, conquista dez Oscar, um recorde, em 5 de abril

O presidente Juscelino Kubitschek inaugura a cidade de Brasília, a nova capital do país, em 21 de abril



Reprodução de foto de John KennedyEm 7 de agosto, as propriedades norte-americanas em Cuba são ocupadas por ordem do dirigente Fidel Castro, numa retaliação contra a agressão econômica dos Estados Unidos

Jânio Quadros é eleito, em 3 de outubro, como presidente do Brasil, com mais de 5,6 milhões de votos [48 % do eleitorado]

John Fitzgerald Kennedy é o novo presidente dos Estados Unidos, eleito em 9 de novembro. Ele é o primeiro presidente católico do país

Cartaz do filme "Acossado", de GodardEm dezembro, a FDA (Food and Drugs Administration) - órgão dos EUA responsável por alimentos e medicamentos - aprova uma pílula contraceptiva que será posta à venda no país no segundo trimestre do próximo ano

É filmado "A Bout de Souffle" ["Acossado" é o título em português], de Jean-Luc Godard, trazendo a bela Jean Seberg, atriz que se tornaria ícone de beleza da década

É o ano também do clássico filme "La Dolce Vita" ["A Doce Vida"] de Federico Fellini, com Anouk Aimée, Anita Ekberg e Marcello Mastroianni

 

  1961  

 

Em 3 de janeiro, os EUA rompem relações diplomáticas com Cuba

Em 12 de abril, a União Soviética vence a corrida para mandar o primeiro homem ao espaço sideral, ao pôr em órbita o major da Força Aérea Iuri Gagarin, 27 anos, e trazê-lo de volta à Terra em total segurança

Depois de apenas seis meses e 25 dias de governo, Jânio Quadros renuncia à Presidência do Brasil, em 25 de agosto. O vice-presidente João Goulart é tido como sucessor do nacinalista Getúlio Vargas pelos oficiais das Forças Armadas e políticos de direita

Cartaz de Bob Dylan. Crédito: DivulgaçãoEm 31 de agosto, um muro de blocos pré-fabricados de concreto [o Muro de Berlim], erigido com espantosa rapidez entre os setores Ocidental e Oriental de Berlim, é a resposta comunista aos alemães que rejeitam seu sistema e preferem partir para o Ocidente

Toma posse como presidente do Brasil, em 7 de setembro, João Goulart. Em seguida, no dia 8 de setembro, o Congresso aprova o regime parlamentarista, o que diminui os poderes do presidente. Tancredo Neves toma posse como primeiro-ministro do Brasil

Em 28 de setembro, um jovem compositor encanta Nova York. O repertório de Bob Dylan, então com 20 anos, inclui diversos estilos da música folk

Nesse ano, a atriz Audrey Hepburn estrela "Breakfast at Tiffany's" ["Bonequinha de Luxo"]. O figurino de Hepburn para o filme é do estilista francês Givenchy

 

  1962  

 

Vestido de Yves Saint Laurent inspirado na obra de MondrianEm janeiro, o estilista Yves Saint Laurent abre seu próprio ateliê de moda em Paris, exibindo suas criações com muito sucesso

Em 14 de abril, George Pompidou torna-se o novo premiê francês

O filme brasileiro "O Pagador de Promessas", adaptação do produtor, diretor e ator brasileiro Anselmo Duarte da peça homônima de Dias Gomes, recebe a Palma de Ouro do Festival Internacional do Filme de Cannes, na França. É a primeira vez que um filme brasileiro ganha o prêmio máximo do festival

A Seleção Brasileira de Futebol conquista pela segunda vez a Taça Jules Rimet, ao vencer por 3 a 1, em Santiago, Chile, a seleção da Tchecoslováquia na final da 7ª Copa do Mundo, em 18 de junho

Em 11 julho, os norte-americanos assistem pela primeira vez imagens de televisão ao vivo da Europa, com a transmissão de um programa francês e outro inglês pelo satélite Telstar


A atriz Marilyn Monroe é encontrada morta, em 5 de agosto, em sua casa de Los Angeles, com um frasco de calmantes ao seu lado

Reprodução da série Marilyns de WarholO artista plástico norte-americano Andy Warhol faz as famosas pinturas de cédulas de dólar e de latas da sopa Campbell. Em agosto, faz as primeiras serigrafias de Marilyns e, em outubro, é incluído na mostra de arte pop, "The New Realists", realizada na "Sidney Janis Gallery", em Nova York

Em 21 de novembro, a bossa nova conquista Nova York. Cerca de 3 mil pessoas lotam o Carnegie Hall, para assistir a uma apresentação dos músicos, compositores e cantores João Gilberto, Carlos Lira, Oscar Castro Neves, Luiz Bonfá, Sérgio Mendes, Bola Sete, Carmem Costa, José Paulo, Agostinho dos Santos, Sérgio Ricardo, Roberto Menescau, entre outros

Em 14 de dezembro, a espaçonave Mariner 2, dos EUA, transmite para a Terra as primeiras informações a curta distância já obtidas a respeito de outro planeta, ao passar por Vênus, a 58 milhões de quilômetros de distância

 

  1963  

 

Em 23 de janeiro, o Brasil volta ao sistema presidencialista. O ato do Congresso segue decisão do plebiscito realizado no dia 5 de janeiro, no qual 9 milhões de eleitores optaram pela volta ao presidencialismo


Martin Luther KingEm 2 de abril, Martin Luther King lança campanha não-violenta nos EUA pelo fim da segregação racial, o que viria causar a prisão de milhares de pessoas durante as marchas de protestos

A União Soviética coloca a primeira mulher no espaço em 19 de junho

O presidente dos EUA, John Kennedy, é assassinado a tiros, em 22 de novembro, quando desfilava em carro aberto pelas ruas de Dallas, no Texas (EUA). Pouco depois dos tiros fatais, a polícia prendeu Lee Harvey Oswald e o acusou do crime. Oswald também foi assassinado em 26 de novembro, quando era transferido de prisão, por Jack Ruby, proprietário de um cabaré em Dallas. Lyndon Johnson assume a presidência do país no lugar de Kennedy

Mais um sucesso do charmoso agente britânico 007, "Dr. No" ["007 Contra o Satânico Dr. No"], com Sean Connery e a sensual Ursula Andress. No filme, a célebre cena de Andress usando um poderoso biquíni branco

 

  1964  

 

Obras inéditas de Picasso são expostas em Toronto, Canadá, em 11 de janeiro

O grupo inglês "The Beatles"Os Beatles viram febre também nos EUA. Em 11 de fevereiro, o quarteto desembarca no aeroporto Kennedy, em Nova York. O grupo chegou rapidamente ao sucesso na Europa no ano anterior. A música "I Want to Hold Your Hand", atinge o primeiro lugar nas paradas norte-americanas


Em 1º de abril, o presidente do Brasil, João Goulart, é deposto por um golpe militar. Assume o governo, o presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli. Em 15 de abril, o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, assume a presidência e é divulgada uma lista de cassação de direitos políticos composta por 72 nomes, entre os quais parlamentares e oficiais do Exército leais ao ex-presidente João Goulart, exilado do país


No dia 13 de abril, Sidney Poitier é o primeiro negro a conquistar um prêmio Oscar de melhor ator, pelo filme "Lírios do Campo"


Em 2 de julho, o mais completo código de direitos civis da história dos EUA torna-se lei com a assinatura do presidente Lyndon Johnson. A lei proíbe a discriminação racial no emprego, em locais públicos, sindicatos e programas financiados pelo governo federal


Em 23 de setembro é inaugurado o teto da Ópera de Paris, pintado pelo artista Marc Chagall


Martin Luther King recebe, em 10 de dezembro, o prêmio Nobel da Paz, por sua luta pacífica pelos direitos civis. O francês Jean-Paul Sartre ganha o Nobel de literatura, mas recusa o prêmio, que segundo ele, poderia vir a interferir em suas responsabilidades como escritor junto aos seus leitores


O estilista norte-americano Rudi Gernreich lança o topless

 

  1965  

 

Em 18 de março, o cosmonauta soviético Alexei Leonov torna-se o primeiro homem a sair de uma espaçonave em órbita e flutuar no espaço sideral


Em 17 de abril, cerca de 15 mil estudantes se aglomeram em Washington diante da Casa Branca, sede do governo, para exigir pacificamente a retirada das tropas americanas do Vietnã e o fim da guerra


Jovem Guarda"Che" Guevara, médico, guerilheiro e ministro cubano, deixa Cuba, em 4 de outubro, para combater o imperialismo no exterior. Há boatos de que ele está na Bolívia


Naves norte-americanas encontram-se no espaço. Em 15 de dezembro, duas cápsulas Gemini, a 6 e a 7, voam lado a lado no espaço por quatro horas, à distância de dois ou três metros


Em dezembro, o programa musical "Jovem Guarda", da TV Record de São Paulo, é um enorme sucesso entre os jovens. O programa é comandado todos os domingos pelo cantor e compositor Roberto Carlos, que apresenta convidados e amigos do rock nacional - conhecido por iê-iê-iê-, entre eles Erasmo Carlos e Wanderléia


Reprodução da capa do LP "Out of Our Heads" dos  Roling StonesNesse ano, o estilista francês André Courrèges mexe com a moda ao apresentar sua coleção primavera-verão, recheada de vestidos de linhas retas, botas e aquela que viria a se tornar a vedete da década, a minissaia

Os Rolling Stones alcançam status de superastros do rock com a força de uma única música, "Satisfaction", que chegou ao topo das paradas de sucesso, antes nos EUA [vendeu mais de um milhão de discos] do que na Inglaterra


 

  1966  

 

Em 8 de março, é encontrada a coleção particular de arte de Claude Monet, na França

Soviéticos anunciam, em 4 de abril, que a Luna 10 está em órbita da Lua

Mao Tse-TungEm abril, Mao Tse-Tung lança a "Revolução Cultural" na China. Ele pretende expurgar todos os opositores que possuam algum poder dentro da máquina do Partido Comunista. Em instituições artísticas e educacionais, novas iniciativas de "crítica ao pensamento burguês reacionário" são empreendidas

Aumenta a oposição à guerra do Vietnã. Em 28 de maio, os estudantes nas universidades dos EUA e manifestantes nos gramados da Casa Branca, protestam contra a guerra

Espaçonave fotografa a superfície lunar. Em 2 de junho, a sonda norte-americana Surveyor 1, que conseguiu pousar em solo lunar, envia fotografias mostrando uma superfície repleta de pedras, mas plana

A estilista Mary QuantBrasil cria fundo para trabalhador. É regulamentada, em 20 de dezembro, pelo presidente do Brasil, marechal Castelo Branco, a aplicação do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço)

A minissaia agita a moda e muda hábitos. A modelo Leslie Hornsby, conhecida por Twiggy, está popularizando a minissaia, difundida pela estilista inglesa Mary Quant. Twiggy dá o toque final ao visual com cílios postiços e meias coloridas. Certa de que se manterá em forma enquanto continuar a tomar a pílula, a mulher se sente novamente livre, como nos anos 20. A mini geralmente é usada com botas de plástico

"Blow Up" ["Blow Up - Depois Daquele Beijo"] de Michelangelo Antonioni, com Jane Birkin e Verushka é um filme cheio de referências dos anos 60

 

  1967  

 

O Congresso Nacional promulga, em 24 de janeiro, em Brasília, a nova Constituição brasileira, que substitui a de 1946

Toma possa, em 15 de março, como presidente do Brasil, o marechal Arthur da Costa e Silva. Eleito indiretamente pelo Congresso, Costa e Silva não era o candidato de Castelo Branco

Cerca de 10 mil hippies se juntam, em 26 de março, no Central Park, em Nova York. O ato foi pacífico e a maioria dos participantes tinha menos de 30 anos

Reprodução da capa do disco "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band"Em junho, os Beatles lançam seu mais ousado LP, "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band". Os críticos dizem que é a melhor obra até então no mundo do rock

Em 18 de junho, a contracultura hippie da Califórnia, EUA, se transforma numa massa de cabelos compridos e flores, com a presença de 50 mil jovens no Festival Pop Internacional de Monterey. Artistas como o soul Otis Redding e os grupos The Byrds e The Mamas and the Papas são algumas das atrações


Em dezembro, é lançado o forno de microondas

Dustin Hoffman em cena do filme "A Primeira Noite de um Homem"Catherine Deneuve vive a esposa de um cirurgião que se sente atraída pela prostituição no filme "Belle de Jour" ["A Bela da Tarde" é o título em português], de Luis Buñuel


Nesse ano também, ao som de "Mrs. Robinson", entre outros sucessos de Simon & Garfunkel, Dustin Hoffman vive um jovem universitário recém-formado que se inicia sexualmente com uma mulher mais velha, no clássico "The Graduate" ["A Primeira Noite de um Homem"] de Mike Nichols

   1968  

  Em fevereiro, cansados da fama, os Beatles, cercados de amigos, buscam paz de espírito no Ganges, Índia, com o guru Maharishi Mahesh Yogi

Em 17 de abril, o governo militar brasileiro decreta o fim de eleições diretas para prefeito em 68 cidades de "segurança nacional", inclusive as capitais estaduais

No dia 4 de abril, o líder da campanha pacífica dos direitos civis nos EUA, Martin Luther King, é morto a tiros na sacada de seu quarto, no segundo andar do Motel Lorraine em Memphis, Tennessee. A morte de Luther King enfurece os negros do país, desencadeando uma onda de conflitos em várias cidades

Em 15 de abril, a esperança ilumina o rosto das pessoas, é a Primavera em Praga. Os estudantes comemoram as medidas moderadas do líder do Partido Comunista, Alexander Dubcek, que acredita ser possível conciliar o marxismo com a liberdade pessoal. Os tchecos tentam reescrever a história

Em abril, no Teatro Biltmore, em Nova York, estréia "Hair", o primeiro grande musical de rock, dando voz à era dos hippies nos palcos da Broadway em um tributo à paz e ao amor livre

Jacqueline Kennedy casa-se, em 20 de outubro, na ilha de Skorpios, com Aristóteles Onassis, magnata dono de uma frota de petroleiros

O estudante José Guimarães morre, em 4 de outubro, em confronto entre alunos da Faculdade de Filosofia da Usp e alunos da Universidade Mackenzie, no centro de São Paulo

Em 22 de novembro, o governo brasileiro cria o Conselho Superior de Censura

Passeata contra o governo militarO ministro da Justiça do Brasil, Luís Antônio da Gama e Silva, anuncia, em 13 de dezembro, em cadeia nacional de rádio e televisão, a edição do Ato Institucional nº 5 e do Ato Complementar nº 38, que decreta o recesso do Congresso Nacional. Agora, o governo passa a ter poderes absolutos sobre a nação. Com o recesso, o Executivo fica autorizado a legislar, suspender os direitos políticos de qualquer cidadão e cassar mandatos parlamentares


Jane Fonda em cena do filme "Barbarella"Em 6 de novembro, Richard Milhous Nixon é eleito presidente dos EUA


Nesse ano, a atriz Jane Fonda é "Barbarella", a heroína espacial de Roger Vadim

Acontece também a primeira exposição individual em museus europeus do artista pop Andy Warhol, no Moderna Museet, em Estocolmo, na Suécia

Caetano lança o LP "Tropicália" ou "Pane et Circenses" e, no mesmo ano, se apresenta com os Mutantes no Tuca, em São Paulo, com a música "É Proibido Proibir", sob vaias e tomates lançados ao palco. O uso de guitarras elétricas não agrada ao público

   1969  

  O grande sucesso da carreira de Stanley Kubrick, "2001: A Space Odissey" [2001: Uma Odisséia no Espaço"], lançado em 1968, recebe o Oscar de efeitos visuais

Em 28 de abril, a era De Gaulle chega ao fim na França, com a derrota do presidente da República no prebiscito pela descentralização e pela reforma do Senado. George Pompidou fica em seu lugar

Em julho, os músicos e compositores Caetano Veloso e Gilberto Gil, ambos com 26 anos, partem para seu exílio na Inglaterra. Presos em dezembro de 1968 numa boate do Rio de Janeiro quando faziam um espetáculo, ficaram encarcerados por dois meses

Primeiro homem a pisar na LuaNo dia 20 de julho, dois astronautas dos EUA, Neil Armstrong e Edwin Aldrin Jr. pisam na Lua, seis horas depois de pousarem suavemente o módulo lunar da Apolo, chamado de Eagle, no Mar da Tranquilidade.


Em 9 de agosto, a atriz de cinema Sharon Tate, grávida de oito meses, mulher do cineasta Roman Polanski, é encontrada assassinada em sua casa em Beverly Hills, Los Angeles, nos EUA, por um grupo de fanáticos liderado por Charles Manson

Em 17 de agosto, cerca de 500 mil pessoas enfrentam engarrafamentos, falta de comida e de água e chuvas para viver três dias de prazer no Festival de Música e Artes de Woodstock, na cidade de Bethel, em Nova York. Entre os artistas que se apresentam, Jimi Hendrix e Janis Joplin

Em 30 de outubro, o general Emílio Garrastazu Médici toma posse, em Brasília, da Presidência do Brasil. Ele substitui o marechal Arthur da Costa e Silva, afastado do cargo desde 1º de setembro por motivo de doença

Cartaz do Festival WoodstockEm 4 de novembro, a polícia de São Paulo, sob comando do delegado Sérgio Paranhos Fleury, mata o guerrilheiro Carlos Marighella, líder da ALN (Ação Libertadora Nacional)

Em 15 de novembro, acontece a grande manifestação pacífica em Washington, exigindo o fim da guerra no Vietnã

Em 10 de dezembro, o dramaturgo irlandês Samuel Beckett, ganha o prêmio Nobel de literatura por "Esperando Godot", "A Última Gravação de Krapp" e "Dias Felizes"

É o ano de um dos filmes mais vigorosos dos anos 60, "Easy Rider" ["Sem Destino"], de Dennis Hopper, com Peter Fonda, Jack Nicholson e o próprio Hopper. O filme critica a intolerância e a vulgaridade da sociedade americana


 

   

As baladas e costumes dos anos 60



NA CAÇA AOS BROTINHOS

Não adiantava roupa dos Beatles ou uma cuba libre na mão: beijo só rolava depois de muito namoro.

De certa forma, parecida com as atuais: um lugar para curtir, conhecer gente e ouvir música. Mas o ambiente era bem diferente. O rock, que havia estourado nos anos 50, era o principal gênero de música jovem.

No Brasil, a maior influência no som e no comportamento eram programas como Jovem Guarda e Brotos, que lançaram artistas como Roberto Carlos e Ronnie Von. Mesmo diante da difícil realidade da Ditadura Militar, eles ensinavam por que (e como!) valia a pena se divertir.


A MOLECADA DANÇOU

Nas boates, só maiores de 18 podiam entrar. Não que isso exigisse muito controle: os mais novos nem as consideravam uma opção de diversão. Para eles, as festas eram na casa dos amigos, na escola ou no clube, devidamente supervisionadas e encerradas antes da meia-noite.

DROGAS? TÔ FORA (LITERALMENTE)

Assim como hoje em dia, drogas eram ilegais. Poucos baladeiros se arriscavam. Um ou outro mais “moderninho” fumava maconha, mas sempre do lado de fora. Nos EUA, a erva ganhava espaço com o movimento hippie e dava o pontapé inicial na psicodelia.

NEM UMA CASQUINHA

Nada da pegação fácil de hoje em dia! Os casais, geralmente apresentados por amigos em comum, passavam semanas apenas conversando. Só depois rolavam mãos dadas e, talvez, um beijinho. O máximo de contato, em público, era dançar mais juntinho.

DOCINHO, MAS FORTE

Os drinques da época eram a cuba libre (rum com Coca-Cola) e o hi-fi (vodca com refrigerante de laranja). Tinham tudo a ver com a transição do público: misturavam algo adulto (a bebida alcoólica, geralmente duas doses) e algo infantil (o refri, servido até completar o copo).

O AVÔ DO DJ

A pista era animada por bandas ao vivo ou uma vitrola. A figura do DJ ainda não existia, mas, em algum lugar do salão, um discotecário “invisível” cuidava do som. Grande conhecedor de música, ele tentava trocar os discos rapidinho para não perturbar o baile.

A MODA DOS MODERNOS

Os meninos absorveram tudo dos Beatles: do cabelo comprido no corte “cuia” aos terninhos. Calças de bocas largas e paletós despojados também funcionavam. Para as garotas, quem ditava regra era a modelo Twiggy, com maquiagem bem marcada nos olhos. Pernocas de fora (em minissaias ou tubinhos curtos) ganhavam as ruas.



Fonte:mundoestranho.abril.com.br

O rádio da década de 60


O censo de 1960 nos fornece ainda dados quando às principais características dos domicílios particulares, nos quais detalha itens tais como o abastecimento de energia elétrica e a posse de aparelhos eletrodomésticos como rádio, geladeira e televisão, entre outros.

Pode-se observar a proximidade entre os índices de fornecimento de energia elétrica e o da existência de aparelhos de rádios nos domicílios visitados – 38,54% do total com energia elétrica e 35,38% do total com aparelhos de rádio. Do mesmo modo se pode perceber que somente uma pequena parcela da população tinha acesso aos aparelhos de televisão – 4,6% do total -, sendo que se passarmos para o quadro rural, o número domicílios que possuíam de aparelhos de televisão é inexpressivo.

A proximidade entre os índices de energia elétrica e de aparelhos de rádio nos permite afirmar que ocorreu um processo de popularização do rádio, fazendo dele quase que uma presença obrigatória nos lares brasileiros, uma espécie de utensílio indispensável. Os aparelhos de rádio dos anos 40 e 50 ainda eram relativamente grandes, principalmente se comparados ao tamanho dos atuais, e necessitam de energia elétrica ou de geradores para funcionarem – os aparelhos transistorizados somente invadiram efetivamente o mercado nacional no final dos anos 60. As próprias características físicas do aparelho de rádio faziam com que ele ainda se mantivesse como um aparelho de escuta coletiva, o que permitia uma possível troca de impressões entre aqueles que se reuniam em torno dele. É importante chamar a atenção para o fato de que no período citado as famílias brasileiras mantinham o hábito de se reunirem para jantar, ouvir o rádio e conversarem sobre as notícias do dia.

Um outro indicador da popularização, ou até mesmo da banalização da presença do rádio nos grandes centros urbanos, é o de que em uma pesquisa do IBOPE (Instituto Brasileiro de Opinião Pública) de 196010), sobre o potencial efetivo dos mercados carioca e paulista para as utilidades domésticas o rádio simplesmente foi excluído, foram apuradas a existência de aparelhos de TV, colchões de mola, máquinas de lavar roupa, refrigeradores, liquidificadores e enceradeiras, ou seja, como o rádio já era presença constante nos lares brasileiros não servia como indicador de renda. Da mesma forma que, ainda em 1960, o IBOPE realizou uma pesquisa sobre a forma através da qual os habitantes de Belo Horizonte conheceram a loja Ducal e no resultado 73% dos entrevistados responderam que tal conhecimento ocorreu através dos anúncios de rádio, seguidos de 18% que o fizeram através dos jornais e 12% pela televisão.

O rádio chegava ao final dos anos 50 e início dos 60, consolidado em sua posição de meio de comunicação de massa, como um elemento fundamental na formação de hábitos na sociedade brasileira. Dos anos 30 aos 60, o rádio foi o meio através do qual as novidades tecnológicas, os modismos culturais, as mudanças políticas, as informações e o entretenimento chegavam ao mesmo tempo aos mais distantes lugares do país, permitindo uma intensa troca entre a modernidade e a tradição. O rádio ajudou a criar novas práticas culturais e de consumo por toda a sociedade brasileira.


Fonte:coladaweb.com

10 Curiosidades Sobre o Fusca




1. O Fusca é o carro fora de linha mais emplacado do Brasil.


2. O Fusca foi um dos poucos modelos de automóvel na história que nunca sofreu nenhum recall.

3. O Fusca foi o primeiro carro fabricado pela empresa automobilística alemã Volkswagen. Seu nome original era KDF – Kraft Durch Freude, que significa “Força Através da Alegria”.


4. O primeiro protótipo do Fusca foi produzido por Ferdinand Porsche, fundador da marca de automóveis esportivos Porsche. Quem deu o aval para a produção foi o ditador alemão Adolf Hitler.

5. O primeiro lote de Fuscas chegou ao Brasil em 1950. Fabricadas na Alemanha, todas as 30 unidades foram importadas pela família Matarazzo.


6. Os primeiros Fuscas produzidos no Brasil não eram montados pela Volkswagen, mas por uma empresa chamada Brasmotor, que importava as peças.

7. O Fusca é o automóvel que ficou mais tempo em produção no mundo todo. Os primeiros protótipos foram fabricados em 1934 e os últimos, em 2003. O último modelo foi produzido no México. O problema é que ele está prestes a perder esse posto para o Toyota Corolla.


8. O Fusca voltou a ser produzido em 1993 no Brasil a pedido do ex-presidente Itamar Franco, que concedeu incentivos fiscais. Mas como as vendas não deslancharam, a Volkswagem foi obrigada a interromper a produção em 1996.

9. Você sabe quantas peças são necessárias para a produção de um Fusca? De 5 mil a 7 mil peças!


10. O Fusca é chamado em Portugal de Carocha. Nos Estados Unidos: Beetle. Na Venezuela: Escarabajo. Nas Honduras e em Guatemala: Cucarachita. E em Cabo Verde: Baratinha.






Fonte:cafesempo.com.br

Nos tempos da Jovem Guarda


No ano de 1965 um programa dominical chamado jovem guarda deu início a um dos maiores e mais notáveis movimentos da musica popular brasileira.

O programa jovem guarda era apresentado pelos mais ilustres cantores da época, sendo eles:

Roberto Carlos
Erasmo Carlos
Wanderléia
Esses três astros da música brasileira tornaram-se símbolo do movimento.

Roberto Carlos passou a ser conhecido com “rei”, Erasmo Carlos como “tremendão” e Wanderléia como “ternurinha”.

Jovem Guarda
O programa dava muita ênfase para artistas e bandas da MPB, alguns dos maiores destaques foram:

Os Incríveis
Os Vips
Renato e seus Blue Caps
Trio Esperança
Golden Boys
Ronie Von
Silvinha
Jerry Adriani
Lilian e Ed Wilson
Martinha
Eduardo Araújo
The Fevers


As composições de Roberto Carlos e Erasmo Carlos traziam a tona em suas melodias uma atitude rebelde.

Que chocava a sociedade da época e enlouquecia a juventude.

No rádio, na televisão e também nos cinemas, os compassos rebeldes da MPB marcaram época e continuam a influenciar gerações até hoje.

Inegavelmente os maiores astros da música brasileira fizeram parte da jovem guarda e consagraram-se como ídolos nacionais.


Apesar da rebeldia presente no movimento, os artistas dessa época entoavam belíssimas canções.

Que tocavam fundo nossos corações, pois traziam em si muito romantismo e paixão.

Além de canções românticas, os festivais de MPB evidenciavam os maiores sociais da época.

Por este motivo, grande parte das músicas da época foram censuradas, e os compositores dessas canções foram presos ou exilados.

Geraldo Vandré foi o autor da melodia que se tornaria o hino contra a repressão. A canção foi intitulada como “Pra Não Dizer Que Eu Não Falei das Flores”.

Que traz em sua letra palavras belíssimas e profundas.


Além de Geraldo Vandré, Elis Regina, Milton Nascimento, Edu Lobo e Jair Rodrigues, também entoaram canções na luta contra a repressão.

Esse e tantos outros conflitos fazem desses artistas grandes representantes da liberdade em nosso país.

Demonstrando que além de talentosos, nossos astros musicais também possuem grande importância histórica.



Fonte Informações:fmhits.com.br

5 coisas boas provam que os anos 60 foram melhores que hoje



A década de 60 foi muito importante, marcada por muitos movimentos sociais  a favor de importantes causas. Vários fatos do contexto econômico, político e cultural passaram a ser debatidos com mais liberdade, coisas que nos anos 50 eram inaceitáveis.

Debates por grupos de contracultura que tinham em mente maior aceitação, pacifismo e oposição a sociedade de consumo. O surgimento do feminismo, movimentos a favor de homossexuais e negros também marcaram a década.

Por isso, fizemos uma seleção das coisas que provam que os anos 60 foram revolucionários, incríveis, fantásticos, e que você vai morrer de vontade de ter vivido essas década com muita intensidade. Confira:

1 – Surgimento do movimento Hippie


O movimento hippie buscava um questionamento da existência e era muito além de considerações econômicas e políticas. Os hippies da década de 60 tiveram um modo de viver muito diferente do modo em que vivemos hoje (onde as pessoas são altamente capitalistas). O lance é que os hippies eram muito próximos da natureza, artesanato e o estilo de vida era comunitário e parecido com a vida nômade. Além de que eles não estavam de acordo com os valores tradicionais da classe média americana e das economias capitalistas

2 – Música


A década de 60 foi sem dúvida uma época muito importante para o mundo da música. Conhecido também como “anos rebeldes”, nos anos 60 explodiram vários artistas e bandas consagradas como Bob Dylan, The Doors, The Beatles, Janis Joplin, Jimi Hendrix entre outros, que tiveram uma grande influência para os grupos sociais e para os movimentos da época.

3 – Moda


Jovens que eram inspirados em Elvis Presley passeando em suas lambretas e as moças com vestidos e saias de bolinhas eram coisas dos anos 50. A década de 60 foi marcada pela rebeldia do Rock’n’Roll, o ritmo que embalava as festas da época. O estilo clássico foi colocado de lado e assim dando lugar as calças cigarretes. A moda da época foi considerada revolucionária pois estava acabando com com o estilo único e influenciando o jeito de vestir no comportamento das pessoas.

4 – Woodstock


O evento que aconteceu na cidade de Bethel de 15 a 17 de agosto de 1969 foi um grande marco para os anos 60, pois foi a maior manifestação de paz de todos os tempos. Um festival que teve mais de 400 mil pessoas e reuniu as melhores banda de rock da época também ficou famoso pelo elevado consumo de drogas. Artistas renomados como Janes Joplin, Santana, Jimi hendrix e The Who fizeram parte dessa brincadeira e levaram as pessoas a loucura.

5 – Conga


A marca lançada no ano de 1959 fez sucesso até a década de 70 e permaneceu entre as mais vendidas durante os anos de 1980, tendo o fim da Alpargatas nos anos de 1990. Em 2012 a marca foi relançada como um produto fashion e voltada para o público feminino, que posteriormente foi direcionado como um segmento infantil.



Fonte:www.ultracurioso.com.br